Menciono uma frase dita popularmente: “a gestão contábil olha pelo retrovisor, enquanto a gestão financeira olha pelo para-brisa”.
Qual das duas formas de gerir está correta? As duas!
Entender o que aconteceu no período que se encerrou (semana, mês, trimestre ou ano – olhar pelo retrovisor) para tomar decisões é de extrema importância – e vou além, deve-se analisar sempre relatórios por caixa e competência (mas isso é assunto para outro artigo) – para que os próximos movimentos, investimentos ou redução de custos, sejam assertivos.
Mas a principal base para tomada de decisões na sua empresa é o fluxo de caixa, e nesse caso, tão importante quanto entender o que aconteceu no passado é projetar o futuro (olhar pelo para-brisa), analisar qual é a correlação entre prazos médios de pagamentos e recebimentos, e ajustar através das negociações para que haja sempre uma boa disponibilidade de recursos, um bom fluxo.
E hoje, olhando para o seu caixa, está no azul, positivo? O que você tem feito? Investimentos na empresa (infra estrutura, capacitação, bem estar das pessoas), em produtos financeiros ou negociando com fornecedores para otimizar o resultado através de pagamentos antecipados com descontos?
Ou se está no vermelho, negativo? O que você tem feito? Está pedindo prorrogação para fornecedores, tomando empréstimos bancários, antecipando recebíveis com instituições financeiras como Factorings ou FIDCs, ou renegociando contratos?
Independente do cenário, analisar o passado e projetar o fluxo de caixa futuro é trabalho essencial para entender se o que aconteceu foi bom e importante, se hoje estamos tranquilos e preparados para que o futuro seja menos desafiador e muito melhor que o previsto.
Por Felipe Oviedo