Antes de entrarmos nas respostas vamos recapitular o que significa cada um dos termos.
Regime de Caixa é o reflexo exato do que acontece na conta bancária, ou seja, o que a empresa recebe e paga (entradas e saídas) dentro de um determinado período de tempo. A diferença pode ser chamada de geração de caixa operacional (GCO). Aqui temos a verdade nua e crua, se sobrou ou faltou dinheiro no caixa.
Regime de Competência é o reflexo do que a empresa faturou (vendeu) e comprou (ou contraiu através de seus custos e despesas) dentro de um determinado período de tempo, mas agora por data de emissão das Notas Fiscais de entradas e saídas, ou na data em que se realizaram as vendas e as compras.
Neste caso podemos ter dentro de um determinado período de tempo uma visão de lucro em caixa e prejuízo em competência, ou vice e versa. Mas como isso acontece? Simples, pelas diferenças dos prazos de pagamentos e recebimentos.
Por exemplo: Se neste mês eu faturar R$ 100.000,00 em vendas e a soma dos custos mais despesas contraídas no mesmo período for de R$ 80.000,00 (supondo que ambos terão seus vencimentos no futuro) temos um exemplo simples de lucro por competência. Entretanto no mesmo período eu posso ter recebido R$ 50.000,00 (das minhas vendas do passado, supondo aqui no exemplo que se vendeu menos no passado ou alguns clientes pediram prorrogação de pagamentos) e posso ter pago R$ 80.000,00 de custos e despesas, o que representa prejuízo no caixa.
Entendidas as análises, então o que se deve fazer? Analisar os dois resultados, sempre! Dessa forma será possível entender o que está sendo impactado, seja inadimplência, sazonalidade, crescimento do estoque, descasamento considerável entre prazos de pagamentos e recebimentos, antecipações, prorrogações, crescimento ou diminuição das vendas.
E como controlar tudo isso para que se tenham relatórios confiáveis que suportem análises fidedignas para as tomadas de decisão? Através de processos financeiros bem estruturados, boas ferramentas de gestão e equipe capacitada.
Por Felipe Oviedo